terça-feira, 7 de julho de 2009

Faço as pazes lembrando, passo as tardes tentando.

Então eu tenho mais um ataque de loucura, repentinamente tendo visões do meu futuro, o que eu estou fazendo? O que eu estou me tornando? Pra onde eu estou indo?

E todas as velhas perguntas que assombram todos desde sempre. Eu saio correndo, andando, olhando, vasculhando na minha mente tudo que possa me fazer bem e eu não encontro na lá. Não há nada lá. Eu chego em casa e tudo é tão triste e úmido, tudo o que eu queria era poder beber algo forte, sentar no meio fio da rua e sentir a chuva no meu rosto. Eu arrasto meu fantasma pela casa. E tudo o que eu queria era zunir dali, ir pra um lugar quente talvez. Ah meu deus tantas coisas que tenho perdido tantas pessoas, com quem eu realmente aprenderia alguma coisa...

E eu continuo presa no sul da minha vida, correndo sem direção sempre com os mesmos olhos tristes. A mesma vida vulgar. Olhando os que me rodeiam, como eles aceitam essa condição? Como eles não querem ver as coisas lindas que existem lá fora? Como eles se prendem a um “certo e errado” que algum babaca mais velho impôs? Por que o medo de errar? O medo das coisas que eles acreditam que fazem mal? Todos nós com nossas jovens almas estamos correndo em uma direção que não conhecemos, alguns buscam uma vida confortável, eu quero intensidade.

E depois de queimar todas as minhas energias pensando em como estou tomando esse rumo, um rumo do qual eu nunca quis tomar, o rumo que eu vejo todos seguindo, o rumo do contentamento. O rumo que eu sempre disse que eu nunca iria querer seguir, onde tudo é limitado e você já não faz as coisas que você quer fazer, mas sim as que você tem que fazer. “Você realmente quer fazer parte da multidão?”.

Voando pra longe. Indo para os lugares que outros fizeram antes de mim, pensando nas almas grandiosas que um dia existiram. Eu deito na minha cama, eu escuto todas as velhas músicas. Antigamente as coisas eram mais fáceis. Quanta gente imunda que me rodeia, gente mesquinha, invejosa, ordinária e sem sonhos. Gente vivendo por viver, gente vivendo sem amor. Gente cega e burra que acredita que já viu tudo, pessoas que te olham com soberba e falando de sua vida suja. Todos que eu tenho visto estão vivendo num conformismo absurdo, abandonando sonhos por comodidade. Eu sei que o que eu penso não errado, muitos antes já quiseram algo mais. Eu não quero salvar o mundo, eu só quero salvar a mim mesma, só quero um dia fechar meus olhos pra sempre e poder pensar por um segundo que sim, tudo valeu a pena. E o que há de errado com isso? Por que todo mundo me olha com olhos de pena e risadinhas irônicas? Que culpa tenho eu se eles ainda vivem uma vida vazia e perdida?

Eu só não queria ter de viver na escuridão. O mundo é lugar tão bonito, eu só quero ter a chance de poder ver todas as suas cores antes de partir. Eu sei que existem coisas feias, eu vejo elas todo dia, mas existem coisas lindas e preciosas, existe gente lá fora tão excitada em viver como eu. Eu só quero viver loucamente e eu não vejo mal nenhum.[...]

Tomada por meu devaneios eu empurro algo quente goela abaixo em busca de alivio instantâneo. Eu, que não fumo, poderia fumar mil cigarros agora. Eu tenho muito que aprender.

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